Análise da decisão do Copom e o cenário atual
18/09/2025 - Análise da decisão do Copom e o cenário atual
No dia 17 de setembro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. Esta foi a segunda manutenção consecutiva da taxa, que segue em seu patamar mais alto desde 2006.
Análise da decisão do Copom e o cenário atual
A decisão do Copom já era amplamente esperada pelo mercado financeiro e reflete a preocupação do Banco Central em combater a inflação. A nota do Copom indicou que, apesar de um cenário inflacionário ligeiramente mais otimista, a inflação de serviços se mostra mais resiliente do que o projetado, e o contexto econômico, tanto interno quanto externo, ainda exige cautela.
Outro fator relevante para a manutenção da Selic é o cenário internacional. O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, cortou seus juros em 0,25 ponto percentual, o que aliviou a pressão sobre o câmbio e contribuiu para a valorização do real. Essa mudança no cenário externo, no entanto, não foi suficiente para alterar a postura do Copom, que se mostrou "extremamente paciente" na condução da política monetária.
Com a Selic em 15%, o Brasil continua com a segunda maior taxa de juros real do mundo, atrás apenas da Turquia. Isso significa que o poder de compra da moeda é alto, mas, em contrapartida, há um custo significativo para o crédito, o que afeta o consumo e o investimento na economia.
Previsão de especialistas
A manutenção da Selic por parte do Copom em um patamar tão elevado indica que os cortes nos juros não devem ocorrer no curto prazo. De acordo com a pesquisa pré-Copom da XP com gestores de investimentos, e a avaliação de especialistas como o CEO da Arton Advisors, a Selic deve permanecer em 15% até o final de 2025.
Alguns especialistas avaliam que a economia brasileira ainda se mostra aquecida, e a inflação ainda não convergiu para níveis que permitam cortes. A expectativa é que a desaceleração ganhe força a partir do próximo ano. Embora a redução da projeção para a Selic ao final de 2026 tenha sido para 12,25%, o tom do Copom e a falta de sinalização de um início de corte sugerem que o Banco Central seguirá com sua política de juros elevados por um tempo considerável para garantir o controle da inflação.
Em resumo, a decisão do Copom reforça a prioridade do Banco Central no controle da inflação, mesmo que isso signifique manter os juros altos por um período prolongado. A postura é de cautela, e o mercado não espera um ciclo de corte de juros tão cedo, projetando que a Selic se mantenha em 15% ao ano até o final de 2025.
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